Playa Girón, 52 anos de uma epopeia
No dia 16 de abril de 1961, Cuba amanheceu de luto. No dia anterior aviões
estadunidenses haviam avançado contra os principais aeroportos militares do país
e, no intento de desarmar a força aérea cubana, tiraram a vida de civis e combatentes.
O objetivo dos bombardeios estava claro: abrir o caminho para a invasão do dia seguinte.
Assim, na manhã de 17 de abril, tropas mercenárias desembarcaram ao sul
da província de Matanzas, em Playa Girón. A invasão mercenária, preparada pelos
Estados Unidos, tinha como objetivo estabelecer uma tomada da praia e constituir
ali um governo provisório contrarrevolucionário, o qual solicitaria e conseguiria
apoio do governo ianque e de organismos lacaios como a Organização dos Estados Americanos
(OEA).
Sob a direção do comandante em chefe Fidel Castro, as unidades de milícias
e das Forças Armadas Revolucionárias, começaram suas ações e detiveram o desembarque
da brigada invasora, integrada por 1.500 homens armados com tanques, canhões, morteiros,
bazucas e abundante material bélico.
Para muitos dos cubanos, que participaram desta epopeia, foi esse seu batismo
de fogo, pois em sua maioria eram jovens inexperientes na arte militar, somente
com a convicção de defender a nascente Revolução, nem mesmo o medo de perder a vida,
o mais valorizado para muitos, foi mais forte que o desejo de conservar a Pátria
que renascia.
Em apenas 72 horas, as tropas cubanas conseguiram a rendição dos invasores.
Assim, pela primeira vez, os Estados Unidos, a grande potência militar, haviam sido
derrotados. Passados mais de 50 anos, aquela derrota ainda pesa sobre ombros dos
estadunidenses, que continuam apostando na mesma fórmula intimidadora para dominar
o restante do mundo.
Girón foi uma página triste na história de Cuba, pelas dezenas de homens
e mulheres aos quais o imperialismo lhes negou a vida, mas, também, significou o
compromisso dos cubanos com sua Revolução e algo de que se começava a falar fazia
somente alguns dias: Socialismo.
Esta epopeia teve um grande
significado, expressado por nosso comandante em chefe, no 25º aniversário da Vitória
de Girón: “[…] a grande transcendência histórica de Girón
não é o que aconteceu, mas sim o que não aconteceu graças a Girón.”
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